NOSSA GENTE: WILSON DIAS

Wilson Dias (Foto: Teo Taveira)

Fã da Orquestra Sinfônica de Campinas desde jovem, Wilson Dias é hoje o primeiro trombonista da OSMC. No concerto dos próximos dias 12 e 13, ele será solista do programa regido por Karl Martin

Foi numa festa popular promovida pela prefeitura de Campinas que ele teve o contato “marcante” com a música. À época com 9 anos, ficou fascinado com a banda da Guarda Mirim de Campinas, e resolveu que iria ser músico. Hoje, mais de três décadas depois, Wilson Domingos Dias é trombonista profissional e músico da Orquestra Sinfônica de Campinas. Ele, inclusive, será o solista no Concerto Especial dos próximos dias 12 e 13, com regência de Karl Martin.

Coincidentemente, o percurso na música começou justamente na banda da Guardinha, em 1980, dois anos após o contato fascinante na festa popular. “Fui convidado pelo maestro a participar do grupo. Lá, ele nos ensinava de tudo, mas logo fui gostando mais do trombone”, conta. Reflexo de sua dedicação, em 1986 Wilson foi contemplado com uma bolsa de estudos no Conservatório de Tatuí. “Eram oito bolsas para todo mundo, e eu levei uma delas”, lembra. Dois anos depois, já com 18, saiu da Guardinha. Pouco tempo depois, Wilson já era músico profissional.

Concerto da Sinfônica (Foto: Arquivo Pessoal)

Ele acumula experiências. Passou pela Orquestra Sinfônica Jovem, Sinfônica de Sorocaba e Banda do Estado de São Paulo – de que foi membro até 2004. É, desde 1993, músico da Orquestra da Unicamp. Também teve algumas atuações como maestro.

Na Sinfônica de Campinas entrou em 94 – “Mas fazia cachê desde 90”, lembra. Wilson afirma quer ter chegado à OSCM é um “sonho”. “Assistia a essa orquestra desde cedo. É aqui que tenho a possibilidade de mostrar toda a experiência adquirida nesses anos. São vários compositores diferentes, vários maestros, vários músicos. É muito aprendizado”, anima-se. 

Wilson regendo (Foto: Arquivo pessoal)

O trombonista acha que a evolução técnica da orquestra está ligada à tranqüilidade que os músicos têm para trabalhar. “Aqui não existe a pressão para trabalhar que há em outros locais”, elogia.

Intimidade com o instrumento (Foto: Teo Taveira)

Hoje, o que move Wilson não é só o crescimento técnico pessoal. “Minha maior felicidade é ver o sucesso dos meus alunos”, conta. Ele, que em 91 ganhou o prêmio Jovem Solista, aposta que contato prematuro com a música clássica – já nas escolas primárias – seria um “grande passo” para a maior difusão do estilo. E conclui: “minha satisfação mais recente foi ver meu aluno me substituindo em uma banda em que eu tocava”.

 

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