ARTUR HUF: TRÊS LADOS DA MÚSICA


Um dos spallas da OSMC, Huf mantém paralelamente dois projetos que dão a ele uma formação musical completa: maestro, solista e concertista 

A carreira musical de Artur Huf pode ser dividida em três vertentes. Violinista da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, o catarinense de Joaçaba é, também, membro do Darcos, quarteto de cordas que há 20 anos realiza apresentações em vários locais do mundo. Paralelamente, mantém desde 2005 o projeto da Filarmônica Brasileira, antiga Filarmônica de Campinas. Da qual, além de fundador, é maestro titular.

Quando questionado sobre a preferência dentre as atividades, Huf divide-se. “Fica difícil escolher uma, todas são importantes”, diz. Compreensível. Afinal, nos últimos anos ele tem tido realizações importantes em todas as faces desse triângulo.

Na OSMC desde 1980, Huf foi convidado em 2001 a exercer a função de spalla – o violinista principal de uma orquestra. Entre os 30 músicos desse instrumento na Sinfônica de Campinas, ele divide com mais dois a responsabilidade. “É, basicamente, a coordenação dos violinos. Uma espécie de hierarquia técnica. Quando o maestro quer se dirigir aos membros da orquestra, ele fala com o spalla”, explica.


O Darcos, por sua vez, teve neste ano a maior conquista das duas décadas de existência. Será patrocinado pela Petrobrás, através de Lei Rouanet de incentivo à cultura. Agora, os projetos de Artur e companhia tendem a decolar. “Iremos aparecer um pouco mais”, aposta. Formado por Samuel Lima, José Eduardo d’Almeida e Lara Zigiatti – todos membros da Sinfônica de Campinas - além do próprio Artur, o quarteto irá lançar em breve o CD “Gravação da Obra Completa para Música de Câmara de Henrique Oswald”. Na turnê de estréia, haverá apresentações em Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, além de todo o interior paulista.

Como se não bastasse, o projeto da Filarmônica Brasileira, hoje considerada uma das mais importantes do país, tem tido cada vez mais destaque. E é para esse projeto que Huf arrasta a asa. Apesar de não minimizar em nenhum momento as outras atividades, ele confessa: “o trabalho como regente é a menina dos olhos”. Como maestro, foi assistente nas sinfônicas de Campinas e Ribeirão Preto.

O quarteto

Formado em l988, o Quarteto Darcos vem traçando uma trajetória de crescimento técnico e musical.
 
Com um repertório eclético, mas preocupado principalmente com a música brasileira, original para quarteto de cordas, tem realizado concertos e workshops em todo o Brasil, e participado de cursos, concursos e festivais internacionais.

Participaram de masterclasses com professores de nível internacional como Alberto Jaffé (São Paulo), Alceu Reis (Rio de Janeiro), Chaim Taub (Israel), Nicolas Chumachenko (Alemanha - Argentina).


Consta no repertório do Quarteto Darcos, entre outros, Mozart, Haydn, Beethoven, Dvóràk, Villa-Lobos, Schubert, Nepomuceno, Carlos Gomes e Schostakovich, além de incursões na música popular brasileira e no tango argentino.

Em 2001 o quarteto fez a primeira turnê ao exterior, onde durante um mês apresentou-se em diversas cidades dos EUA e México.

Currículo

Artur Huf estudou com importantes nomes do cenário musical mundial como Chaim Taub (Israel), Nicolas Chumachenko (Alemanha), Cecília Guida (Argentina - Brasil), Paulo Bosisio (Brasil) e Cláudio Cruz (Brasil).

Na Unicamp, cursou a faculdade de Regência, e freqüentou aulas de importantes maestros, como Roberto Duarte (Brasil) e Johannes Schlaefli (Suíça). Foi maestro Assistente da Sinfônica de Campinas em 2003 e 2004, estando à frente também da Sinfônica da Unicamp em diversos concertos. É spalla da Sinfônica de Campinas desde 2001.

Como solista, apresentou-se com a Sinfônica de Americana, Sinfônica da Unicamp e Sinfônica de Campinas.

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