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Canções de Natal encerram ano artístico da ABAL na sala Carlos Gomes

19/12/2007

A ABAL apresenta amanhã, quarta-feira, às 20 horas, na Sala Carlos Gomes, o último recital de 2008 na Sala Carlos Gomes. Você toda a sua família e amigos estão convidado para mais este evento musical.

Encerrando seu ano artístico de 2007 a ABAL – Associação Brasileira Carlos Gomes de Artistas Líricos – apresenta excepcionalmente nesta quarta-feira, às 20 horas, na Sala Carlos Gomes (Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, Praça Imprensa Fluminense, S/N, Cambuí, Tel.(19) 3237-2730), o recital Natal de Todos os Cantos-2, com a participação de tenores, barítonos, sopranos e mezzo-sopranos, acompanhados pelo pianista Chiquinho Costa. O público poderá ouvir canções natalinas das principais vozes líricas de Campinas e cantores especialmente convidados. O mezzo soprano Vera Pessagno Brescia, presidente da ABAL, informa que depois desta apresentação a ABAL entrará em recesso até o mês de março próximo, quando será iniciada a temporada 2008. No repertório dessa noite figuram páginas consagradas deste período como Noite Feliz, Adeste Fideles, Natal Branco, Vinde Cantai, Ó Noite Santa, Jingle Bells, Gloria, Amazing Grace e muitas outras. Entrada franca.

26 ANOS PARA NOSSA VOZ

Principal e único projeto vivo para popularização da música operística e das mais belas canções de compositores eruditos e semi-eruditos, os “Encontros Musicais” foram idealizados por um grupo de artistas líricos de Campinas reunidos em outubro de 1981, na sede da Associação Campineira de Imprensa (ACI), logo após o término da Semana Carlos Gomes. O movimento lançado através da imprensa, conhecido como “Para Nossa Voz Queremos Vez”, gerou essa atividade semanal realizada em teatros ou salas de concertos existentes na cidade, onde o público campineiro acostumou-se a assistir, gratuitamente, uma programação de recitais de solistas líricos, conjuntos de câmera, corais e declamadores.

A partir de 1981 e ao atingir em 18 de dezembro de 2007 seu 26º. ano de existência, com 964 concertos realizados, os organizadores dessa série consideram que a ABAL foi ao encontro do público em inúmeras salas de concerto e abriu espaços para a música lírica em vários pontos de Campinas. Por exemplo, inaugurou a Sala Carlos Gomes, no Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes em 1982. Em 16 de dezembro de 2006 voltou à Sala Carlos Gomes, que foi restaurada como local de concertos musicais. Em vários ciclos, hospedaram a série a Sala do Jóquei Clube de Campinas; o Palácio dos Azulejos, o Auditório Nobre da Estação Cultura e, durante um ano, ela foi realizada no Salão Vermelho do Paço Municipal de Campinas.

Outros espaços foram ocupados pelos “Encontros Musicais” como o Conservatório Musical Carlos Gomes, o Clube Semanal de Cultura Artística, o Centro de Ciências, Letras e Artes, o palco da Casa d’ Itália e a sala de concertos da Cultura Inglesa. Em 2006, a Sala Carlos Gomes, criada pela ABAL, foi devolvida ao contexto cultural de Campinas

Os “Encontros Musicais” são mantidos pela ABAL, Associação Brasileira Carlos Gomes de Artistas Líricos, entidade cultural sem fins lucrativos, declarada pela Câmara Municipal de Campinas como de utilidade pública através da Lei nº 5844, de 16/10/1987. A ABAL foi idealizada baseada na conceituação de que é essencial, na terra-berço de Antonio Carlos Gomes, termos um centro de difusão e apreciação da obra vocal erudita de compositores nacionais. Fundada em 1982, a ABAL é dirigida por uma Diretoria Executiva integrada por pessoas que realizam um trabalho não remunerado, voluntário, associados contribuintes e honorários. Sua atual presidente para o Biênio 2004-2007 é o mezzo-soprano Vera Pessagno Bréscia. O principal objetivo da ABAL é a formação de público para a música erudita e apreciador da Arte de Cantar, popularizando o repertório sem deixar de focalizar os compositores operísticos. Para isso, cantores líricos, corais, declamadores e trovadores se sentem à vontade para oferecer sua arte, coordenados pela sua Diretoria Artística, atualmente entregue ao barítono Marcelo Santos.  “A ABAL, historicamente, surgiu para congregar e unir a classe dos artistas líricos e tem perseguido esse ideal com tenacidade” – declara seu fundador, o tenor Alcides Acosta. Integram os demais cargos de diretoria da ABAL: Vicente de Paulo Montero, vice-presidente; Marisilda Tescarolli, secretária; Maria Aparecida Buccini, tesoureiro; Marcelo Santos, diretor artístico; Alcides Ladislau Acosta, diretor social; e Rodolpho Caniato, diretor de Patrimônio.

A Igreja Católica sempre deu muita importância para o valor da música. As primeiras canções natalinas datam do século IV e são cantadas até hoje, na véspera de Natal. A mais popular das músicas da noite de Natal foi criada em 1818, pelo padre Joseph Franz Mohr e pelo professor Franz Xavier Grueber. Conta-se que o fole do órgão da igreja de Oberndorf, na Áustria, foi roído pelos ratos e o organista não teve tempo de consertá-lo para as cerimônias natalinas. O padre Joseh ficou preocupado porque não queria que a noite ficasse sem música e resolveu procurar outro órgão. Em uma das noites da procura deparou-se com um céu tão lindo, que ficou imaginando como teria sido a noite em que Jesus nasceu. E resolveu passar esse sentimento para o papel, escrevendo um poema. O padre foi visitar o compositor Franz Xavier Grueber que lhe entregou de presente uma melodia. Em pouco tempo ele juntou aquela melodia à letra de seu poema e o transformou em verdadeiro “hino natalino”: Noite Feliz, que resolveu cantar na Missa do Galo daquele ano. Hoje, essa é uma canção interpretada em vários idiomas e que se traduz como um dos marcos natalinos de maior expressividade.

Eu pensei que todo mundo fosse filho de Papai Noel

Anoiteceu, o sino gemeu.
A gente ficou feliz a rezar.
Papai Noel, vê se você tem
a felicidade pra você me dar.

Eu pensei que todo mundo
fosse filho de Papai Noel,
bem assim felicidade,
eu pensei que fosse uma brincadeira de papel.

Já faz tempo que eu pedi,
mas o meu Papai Noel não vem.
Com certeza já morreu,
ou então felicidade é brinquedo que não tem”.

 

Você já deve ter ouvido essa música, não é mesmo? É a primeira canção natalina da música popular brasileira, criada em 1932. Sabe que ela nasceu da solidão? Isso mesmo. O baiano Assis Valente (1911-1958), que começava a ficar conhecido como compositor, passava o Natal sozinho em Icaraí, Rio de Janeiro, longe da família. Impressionou-se com o pequeno quadro na parede do quarto: a menina olhando o sapatinho para ver se veio presente. “Pensei, então, na alegria de ser feliz, de não estar sozinho no mundo”. À tarde, a música Boas Festas estava pronta. O cantor Carlos Galhardo gravou a canção em 1933 e teve de regravá-la nas duas décadas seguintes. Continua fazendo o maior sucesso!

O Natal surge como o aniversário do nascimento de Jesus Cristo, Filho de Deus, sendo atualmente uma das festas católicas mais importantes. Inicialmente, a Igreja Católica não comemorava o Natal. Foi em meados do século IV d.C. que se começou a festejar o nascimento do Menino Jesus, tendo o Papa Júlio I fixado a data no dia 25 de Dezembro, já que se desconhece a verdadeira data do Seu nascimento.

Uma das explicações para a escolha do dia 25 de Dezembro como sendo o dia de Natal prende-se ao fato desta data coincidir com a Saturnália dos romanos e com as festas germânicas e célticas do Solstício de Inverno, sendo estas, festividades pagãs e a Igreja viu aqui uma oportunidade de cristianizar a data, colocando em segundo plano a sua conotação pagã. Algumas regiões optaram por festejar o acontecimento em 6 de Janeiro, contudo, gradualmente esta data foi sendo associada à chegada dos Reis Magos e não ao nascimento de Jesus Cristo.

O Natal é, assim, dedicado pelos cristãos a Cristo, que é o verdadeiro Sol de Justiça (Mateus 17,2; Apocalipse 1,16), e transformou-se numa das festividades centrais da Igreja, equiparada desde cedo à Páscoa. Apesar de ser uma festa cristã, o Natal, com o passar do tempo, converteu-se numa festa familiar com tradições pagãs, em parte germânicas e em parte romanas.

Sob influência franciscana, espalhou-se, a partir de 1233, o costume de, em toda a cristandade, se construírem presépios, já que estes reconstituíam a cena do nascimento de Jesus. A árvore de Natal surge no século XVI, sendo enfeitada com luzes símbolo de Cristo, Luz do Mundo. Uma outra tradição de Natal é a troca de presentes, que são dados pelo Papai Noel ou pelo Menino Jesus, dependendo da tradição de cada país.

Apesar de todas estas tradições serem importantes (o Natal já nem pareceria Natal se não as cumpríssemos), a verdade é que não nos podemos esquecer que o verdadeiro significado de Natal prende-se ao nascimento de Cristo, que veio ao Mundo com um único propósito: o de justificar os nossos pecados através da sua própria morte. Nesses tempos, sempre que alguém pecava e desejava obter o perdão divino, oferecia um cordeiro em forma de sacrifício. Então, Deus enviou Jesus Cristo que, como um cordeiro sem pecados, veio ao mundo para limpar os pecados de toda a Humanidade através da Sua morte, para que um dia possamos alcançar a vida eterna, por intermédio Dele, Cristo, Filho de Deus.

Assim, não se esqueçam que o Natal não se resume a bonitas decorações e a presentes, pois sua essência é o festejo do nascimento Daquele que deu a Sua vida por nós, Jesus Cristo.

 

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