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Orquestra Sinfônica toca Mozart, Bach e Vivaldi em igreja neste sábado, 17

17/09/2022

Apresentação será na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no Jardim Guanabara, às 18h
fonte: www.campinas.sp.gov.br

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, no Jardim Guanabara, recebe neste sábado, dia 17 de setembro, às 18h,  concerto da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas. A apresentação é gratuita e os lugares serão ocupados por ordem de chegada até a capacidade do local, que é de aproximadamente 500 pessoas.
 
“Queremos a Orquestra indo para outros lugares, e para as igrejas, atraindo o público das comunidades locais e também para quem não têm oportunidade de conhecer a música clássica de uma forma acessível e que chegue a todos”, diz a secretária de Cultura e Turismo, Alexandra Caprioli. 
 
O regente convidado é o maestro e violinista Luis Otavio Santos com a participação de dois solistas: a soprano Marília Vargas e o cravista Edmundo Hora. No programa, música clássica com Mozart – Exsultate Jubilate k.165 de Mozart; Concerto nº4 em lá menor “Stravaganza” de Vivaldi e Orchestral suite nº3 BWV 1068, de Bach.
 
 
Luis Otávio Santos
 
Nascido em 1972, Luis Otávio Santos é formado em violino barroco pelo Koninklijk Conservatorium de Haia (Holanda), onde foi discípulo de Sigiswald Kuijken e obteve o Master 's degree em 1996. Desde 1992, desenvolve intensa carreira na Europa como líder e solista de eminentes grupos de música antiga, tais como La Petite Bande (Bélgica), Ricercar Consort (Bélgica) e Le Concert Français (França).
 
Foi professor na Scuola di Musica di Fiesole, em Florença (de 1997 a 2001) e no Conservatoire Royale de Musique de Bruxelles (de 1998 a 2005). Atua como diretor artístico do Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga de Juiz de Fora. Também é fundador e coordenador do Núcleo de Música Antiga da EMESP, onde leciona violino barroco. É doutor em música pela Unicamp.
 
Desenvolve intensa atividade como regente junto a orquestras brasileiras, como a Camerata Antiqua de Curitiba, a Orquestra Sinfônica da USP, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília e a Filarmônica de Goiás.
 
Em 2007, recebeu o título de comendador da “Ordem do Mérito Cultural”, concedido pelo Ministério da Cultura, em reconhecimento às suas prestações em prol do desenvolvimento da cultura no Brasil. Foi eleito pela revista “Época” como um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2011.
 
 
Edmundo Hora

Doutor em Cravo pela Unicamp, graduou-se como “Solista de Cravo” pela Escola Superior de Artes de Amsterdã e pós graduou-se na Hogeschool Stichting Amsterdam – Sweelinck Conservatorium, orientado respectivamente por J. Ogg e A. Uittenbosch, tendo em seu exame final, como presidente do júri, Gustav Leonhardt.
 
Foi professor de Cravo e Música Barroca no Departamento de Música do Instituto de Artes da Unicamp (1993 até 2015) e atua ainda, desde 2004, no Programa de Pós-Graduação – Mestrado e Doutorado em Cravo na mesma Universidade. Participou como solista convidado do Concerto de Abertura da Temporada 2018 de A Trupe Barroca, concerto de maio de 2018 em Vitória (ES).
 
 
Marília Vargas 
 
Começou a estudar música aos 5 anos. Inicialmente com o violino, mas logo descobriu seu gosto pelo canto. Debutou nos palcos aos 12 anos de idade, como Pastor na ópera Tosca, sob direção do maestro Alceo Bocchino no Teatro Guaíra, em Curitiba. 
 
Formada em Canto Barroco na Schola Cantorum Basiliensis e em Lied e Oratório no Conservatório de Zurique, na Suíça, estudou com Neyde Thomas, Montserrat Figueras, Christoph Prégardien e Silvana Bartoli. 
 
Uma das mais ativas e respeitadas sopranos de sua geração, Marília Vargas divide seu tempo entre concertos, aulas, masterclasses e festivais de música, que a levam regularmente a diversos países europeus, da América Latina, Japão e China. Sua intensa atividade musical nas últimas temporadas, inclui recitais com diferentes orquestras, o papel título da ópera Alcina de Händel no Theatro São Pedro, e o encerramento da Temporada 2021 do Theatro Municipal de São Paulo, com as Vésperas de Monteverdi.
 

Programa
 
Mozart – Exsultate, Jubilate, k.165 
Vivaldi – Concerto nº4 em lá menor “Stravaganza” 
Bach – Suíte Orchestral Nº3 em Ré Maior, BWV 1068 
 
 
Serviço
 
Programa Sinfônico
 
Dia e hora: 17 de setembro – 18 horas
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias - Estaca Castelo
Rua Dr. Albano de Almeida Lima, 669 - Jd. Guanabara
Entrada Gratuita
 
Regente: Luis Otávio Santos
Solistas: Marília Vargas - Soprano | Edmundo Hora - Cravo

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Antonio Vivaldi (1678- 1741)
Concerto N.º 4 em Lá menor, La Stravaganza, Op. 4

1.      Allegro
2.      Grave
3.      Allegro

Vivaldi foi matriculado, ainda pequeno, na Capela Ducal de São Marcos, em Viena, para dar continuidade em sua educação musical, iniciada pelo pai, um exímio violinista. O compositor continuou deu continuidade ao ofício do pai e tornou-se um dos maiores violinistas de seu tempo. Lecionava violino em uma escola para mulheres, onde compôs suas primeiras obras, as quais eram dedicadas a elas. Foi em 1711, em Amsterdam, que criou a coletânea de concertos Op. 3, que o rendeu fama internacional.

Com o intuito de atender as expectativas do público, criadas com a genialidade das obras Op. 3, Vivaldi construiu uma coleção ainda mais dramática, cheia de surpresas harmônicas, rítmicas, melódicas e com uma textura diversificada. Por isso, o Op. 4 é chamado de La Stravaganza e podemos encontramos as ideias mais ousadas nesse conjunto de concertos. Com isso, pôde dar continuidade à sua reputação. O concerto que ouvimos hoje reflete o caráter da obra de Vivaldi e de seu tempo.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756- 1791)
Exsultate, jubilate, K. 165

1.  Allegro. Exsultate, jubilate
2.  Recitative: Fulget amica dies
3.  Tu virginum corona
4.  Alleluja. Allegro

 A genialidade precoce de Mozart é amplamente conhecida, assim como a dedicação de seu pai, também músico, em exibir seu filho por vários países da Europa. A dedicação paterna refletiu-se na organização do processo educacional do compositor, que mantinha uma rotina diária de criação. O contato com diversos países ecoou como síntese em suas obras, já que desde jovem, Mozart produzia a partir do que escutava, melhorando e desenvolvendo, a partir de sua personalidade, os estilos dos quais tinha contato.

Exsultate, jubilate é um moteto que transmite as influências multiculturais do compositor, já que é repleta de características italianas em um músico austríaco. Na ocasião que foi escrita, Mozart estava a viagem em Milão para a estreia de sua ópera Lucio Silla e foi quando Exultate, jubilate foi composta. A princípio, a linha vocal era interpretada por um castrato e foi escrita para Venanzio Rauzzini, que tinha essa característica vocal. Atualmente, a obra é interpretada por usualmente por uma soprano.

Johann Sebastian Bach (1685- 1750)
Suíte Orquestral N.º 3 em Ré Maior, BWV 1068

1.      Ouverture
2.      Air
3.      Gavotte
4.      Gavotte
5.      Bourrée
6.      Gigue

J. S. Bach foi um compositor que escreveu para praticamente todas as formas existentes em seu tempo, com exceção da ópera. Essa aproximação com a escrita musical estava diretamente relacionada com sua prática profissional: foi organista, músico da corte, mestre de capela, diretor musical, encarregado de direção de coro. Suas primeiras aulas foram com o pai e, assim como Johann Sebastian, outros membros da família se destacaram como grandes músicos. Além da tradição familiar, o método foi importante para que o músico conquistasse a técnica que tinha para criação.

A Suíte Orquestral N.º 3 apresenta-se, assim como suas outas suítes para orquestra, de forma exuberante e envolvente. Assim como a quarta, a terceira suíte utiliza em sua instrumentação, tímpanos e trompetes, além das cordas, contínuo e oboé e foram escritas para serem executadas ao ar livre. O segundo movimento ganhou um arranjo de August Wilhelmj que popularizou o trecho da suíte: a Ária da Quarta Corda.

 

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