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Sinfônica homenageia grandes mestres russos no final de semana

09/04/2011

07/04/2011 - 09:32
Janaína do Amaral |
www.campinas.sp.gov.br

A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (OSMC) realiza apresentação do Concerto Oficial neste final de semana. No sábado, dia 9 de abril, a exibição acontece às 20h, e no domingo, às 11h, na Sala Luís Otávio Burnier do Centro de Convivência Cultural. Os ingressos devem ser retirados diretamente na bilheteria do teatro, por R$ 20,00 a inteira e R$ 10,00 a meia-entrada.

Na manhã de sábado, das 10h às 13h, haverá um Ensaio Aberto. Para assistir, ensaio basta doar um quilo de alimento não perecível, das 9h às 9h45, na portaria do teatro. As doações são encaminhadas às instituições cadastradas no Conselho Municipal de Assistência Social.

Sob regência do maestro convidado, Manfredo Schmiedt, serão executados grandes clássicos russos. Começando com A Grande Páscoa Russa, op 36 escrita em 1868 por Nicolai Rimky-Korsakov, que segundo ele, em sua autobiografia, tem a intenção de mostrar “...o lado legendário e pagão do feriado de sábado, esta transição da noite escura e misteriosa da Paixão para a desenfreada festividade pagã-religiosa da manhã do domingo de Páscoa”.

Em sequência será executada Uma noite no Monte Calvo, de Modest Mussorgsky, o poema sinfônico foi inspirado no conto de Gogol, Noite das Bruxas. A obra retrata uma reunião no Monte Calvo, no Cáucaso, onde bruxas, demônios, espíritos malignos e almas condenadas, dançando libidinosamente madrugada adentro.

Após o intervalo é a vez de As Danças Polovetzianas, de Alexander Borodin, que fazem parte da ópera Príncipe Igor, que conta a história do Príncipe Igor Svjatoslavich, que lutou contra a invasão dos polovetzianos, uma tribo nômade provavelmente oriunda da Turquia. Essa sequência é apresentada no final do segundo ato, onde Kontachak, o líder polovetziano, captura Igor e para entretê-lo ordena que seus escravos comecem a dançar. Borodin faleceu antes de concluir a ópera e ela foi completada e editada por Rimsky-Korsakov e Alexander Glazunov, estreando em São Petersbugo em 1890.

Abertura Fantasia Romeu e Julieta é a versão de Tchaikovsky para o clássico de Shakespeare, mas não se trata de uma narração das histórias dos amantes, a construção é baseada em três momentos específicos. O primeiro é Frei Lourenço, que tem trechos que se aproximam dos pontos da igreja ortodoxa russa, é tocada pelas madeiras e após entra em sintonia com cordas e um arpejo da harpa. No segundo é mostrada a rivalidade entre os Capuleto e os Montechio, uma música agitada remete aos confrontos entre as famílias rivais de Verona, iniciada pelo forte ataque das trompas, seguida de um tutti forte e imponente. Finalizando com o Tema de Amor, uma melodia doce e envolvente, Tchaikovsky ainda traz nesse trecho, a imponência da rivalidade entre as famílias, mas sempre prevalecendo o tema romântico.

A apresentação da OSMC termina com Suite Masquerade, de Aram Ilich Khatchaturian, composta como música incidental para a produção masquerade Lermontov, em 1941. No drama Evgenny Arbenin, a figura central da peça, vive entediado e despreza profundamente a sociedade de São Petesburgo. O enredo lembra Otello, de Shakespeare, pois Abernin, com por causa de seu ciúme doentio, envenena sua esposa Nina, apesar da sua inocência. A música de Khachaturian, ao contrário, pinta um quadro mais ameno, constatando com a realidade do drama.

Maestro convidado

Manfredo Schmiedt nasceu em Porto Alegre. Aos dez anos iniciou seus estudos musicais estudando trompete e atualmente é o Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica da UCS (Caxias do Sul) e Regente do Coro Sinfônico da OSPA.

Com Mestrado em Regência pela Universidade da Geórgia (EUA) e Graduação em Regência pela UFRGS - Universidade Federal de Rio Grande do Sul, Manfredo Schmiedt participou de cursos de regência na Alemanha, Holanda, Argentina, Estados Unidos e Brasil. Estudou com renomados maestros como Eleazar de Carvalho, Roberto Duarte, Lutero Rodrigues entre muitos outros.

Em sua experiência como regente de coros destacam-se seus trabalhos com o Coro Sinfônico da OSPA, Coral 25 de Julho de Porto Alegre e Coro de Câmara Ars Vocalis. Foi, durante dois anos, regente assistente da Orquestra Sinfônica da Universidade da Geórgia (EUA) e durante quatro anos, assistente do Maestro Isaac Karabtchevsky na OSPA.

Além de ter sido convidado para reger diversas orquestras como a Orquestra Sinfônica do SODRE(UR),, Orquestra Sinfônica da Universidade Nacional de San Juan(AR), Orquestra Petrobrás Sinfônica(RJ), Orquestra da USP(SP), Orquestra Filarmônica de Belgrado(Sérvia), Orquestra Sinfônica da Radio y Televisão(Sérvia) e Albany Symphony Orchestra (USA), entre várias outras.

 

 

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