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Orquestra Sinfônica faz concerto na Câmara, nesta sexta, 13

13/04/2012

Tiago de Souza | fonte: www.campinas.sp.gov.br

A primeira apresentação de 2012 da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (OSMC) será nesta sexta-feira, 13 de abril, no plenário da Câmara Municipal de Campinas, às 20h, com entrada franca.

Para o concerto de estreia o maestro Victor Hugo Toro escolheu repertório com os compositores Carlos Gomes, Robert Schumann e Tchaikovsky. Depois de tocar o Hino Nacional em função de estar na Casa de Leis da Cidade, a OSMC abrirá sua temporada 2012 com o campineiro Carlos Gomes, através da protofonia da ópera Il Guarany.

Logo após, o pianista alemão Robert Schumann terá sua Sinfonia número 04 em Ré menor, opus 120, Introdução, Allegro, Romanza, Scherzo e Finale numa só peça, executada. A OSMC fará uma pausa de 15 minutos de intervalo e encerra a apresentação de abertura com o músico russo Piotr Ilich Tchaikovsky, com a execução da sua Sinfonia Número 04 em Fá menor, opus 36.

A entrada será gratuita, mas como o plenário da Câmara tem capacidade para 350 pessoas, a distribuição de entradas terá início uma hora antes da apresentação até o limite do espaço. A expectativa é de plenário lotado.

Depois da abertura da temporada desse ano, a Sinfônica já tem outras cinco apresentações confirmadas. Nos dias 20 e 21 de abril se apresentará no Auditório de Medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). No dia 27 do mesmo mês, a OSMC fará apresentação na Casa de Portugal. Em maio, nos dias 11 e 12, a Orquestra volta ao mesmo espaço na Unicamp para apresentação em comemoração ao Dia das Mães.

Diferentemente dos outros anos, vamos elaborando a temporada no decorrer do ano. Enfrentamos muitas dificuldades, especialmente em relação aos locais de ensaios e apresentações, mas estamos superando os obstáculos com dedicação e trabalho. Buscaremos realizar uma temporada mais digna possível, com o rigor musical que a história da Sinfônica de Campinas pede”, explica o diretor da Sinfônica, Tite Stopiglia.

 


Carlos Gomes

Aos vinte e quatro anos Carlos Gomes desafiou a vontade paterna e saiu de Campinas para estudar música no Rio de Janeiro. Ali ingressou no Imperial Conservatório de Música, a escola fundada por Francisco Manuel da Silva, iniciando sua trajetória artística com duas óperas em português: em 1860 apresentou A Noite do Castelo e três anos depois, Joanna de Flandres.

Graças a essa última e por ter sido o aluno mais destacado daquele ano de 1863 ganhou uma bolsa de estudos do Conservatório e partiu para Milão, então a capital mundial da ópera.

Em Milão, deu o passo mais importante de sua vida ao apresentar aos responsáveis pelas temporadas do Teatro alla Scala sua nova ópera Il Guarany, baseada no livro de José de Alencar. Após muitas dificuldades, a ópera subiu à cena na temporada de 1870, despertando grande curiosidade no público italiano, em parte por sua temática exótica, em parte pela utilização de melodias e orquestrações pouco comuns, mas de excelente feitura.

A ópera foi muito bem recebida, mas dela ainda não fazia parte a Abertura, também conhecida como Protofonia. Esta foi agregada posteriormente e nela são apresentados os diversos temas que aparecem na ópera.

Robert Schumann

Até seu casamento com Clara Wieck em 1840 Schumann dedicava-se apenas à composição de peças para piano, mas com o apoio da esposa, também compositora e pianista, começou a se aventurar pelo campo da composição sinfônica.

A Sinfonia n° 1 estreou em janeiro de 1841 em Leipzig, sob a regência de Felix Mendelssohn, com grande aclamação. Entretanto a segunda (que seria oficialmente a Sinfonia n° 4), também de 1841, foi programada em um concerto do qual faziam parte obras de Franz Liszt, executadas pelo próprio. Este era um dos mais famosos virtuoses da época e a recepção à peça de Schumann foi pífia, já que destoava do estilo de Liszt.

Deprimido, Schumann deixou a sinfonia de lado por dez anos. Neste meio tempo escreveu outras duas sinfonias, que foram indicadas como a segunda e a terceira. Em 1851 resolveu retomar a obra, fez várias revisões e em março de 1853 apresentou-a ao público com o título Sinfonia nº 4 em Ré menor, Introdução, Allegro, Romanza, Scherzo e Finale numa só peça.

Este extenso nome indica que os movimentos devem ser executados sem intervalo entre eles, o que foi uma inovação na forma sinfônica da época. Outro destaque é a unificação da obra através de uso recorrente dos mesmos temas durante toda a peça.

Tchaikovsky

No ano da composição dessa sinfonia, 1877, Tchaikovsky recebeu uma carta de amor de uma aluna, Antonina Ivanovna Milyukova, que dizia estar apaixonada e desejava esposá-lo. O casamento aconteceu precipitadamente, mas em um mês o compositor chegou ao desespero e resolveu suicidar-se entrando em um rio gelado, numa tentativa frustrada de contrair pneumonia.

O divórcio nunca se concretizou e a esposa terminou seus dias em um hospício. Mas foi neste mesmo ano que Madame Nadezhda Von Meck tornou-se sua patronesse, além de amiga e confidente. Tchaikovsky dedicou a ela a Sinfonia nº 4, que chamava “a nossa sinfonia”, na qual “poderia encontrar um eco de seus pensamentos e emoções mais íntimos”.

(Colaborou Lenita Nogueira)

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