24 e 25 de março: Sinfônica mistura tecnologia com música clássica em segunda apresentação do ano

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As cores sonoras da música contemporânea brasileira, somadas à beleza da música clássica e a tecnologia de ponta.

Esses são os principais ingredientes da segunda apresentação oficial da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas na Temporada 2007. No dia 24, às 20h e no dia 25, às 17h, a OSMC ousa ao interpretar a primeira audição mundial de  "Trópicos: Variações Concertantes para Orquestra", obra composta pelo matemático, músico e compositor do Instituto de Artes da Unicamp, Jônatas Manzolli, especialista em eletroacústica e coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora (NICS).

A composição que é uma metáfora sobre o clima do planeta e inova por ser a primeira peça brasileira que terá três solistas (César Traldi, Cléber Campos e argentina Daniela Cervetto) atuando simultaneamente, é oriunda das pesquisas que envolvem matemática, síntese sonora e sistemas interativos.

Tanto que para as apresentações que acontecem no Centro de Convivência Cultural de Campinas, está previsto o uso de efeitos luminosos para representar as variações da composição, como por exemplo, luzes azuis e verdes para representar o Trópico de Câncer. Outro destaque é o regresso do maestro convidado principal, o suíço Karl Martin que faz sua estréia na Temporada 2007.

Assim, a Sinfônica inicia as apresentações com Abertura em Estilo Italiano, de Franz Schubert, seguida de "Trópicos: Variações Concertantes", composta em um programa de computador criado pelo próprio Monzolli, enquanto a genialidade de Ludwig van Beethoven com Sinfonia n.2, em Ré Maior, op.36 encerra os concertos.

"Trópicos - Variações Concertantes"

A apresentação da peça será realizada por músicos da Sinfônica de Campinas (violino, violoncelo e contra-baixo) e por músicos de percussão convidados. A regência fica a cargo do principal maestro convidado da OSMC, o suíço Karl Martin, que, pelo segundo ano consecutivo, trabalha com a Sinfônica de Campinas.

"É uma grande oportunidade que estou tendo com esta Orquestra. E está também me trazendo a possibilidade de trabalhar com músicos jovens, algo que sempre tive vontade de fazer. Isso também exige uma grande responsabilidade artística", conta o maestro.

Sobre a peça "Trópicos, Karl define: "A composição de Jonatas é ótima. A música é interessante e refinada, me permite trabalhar com diferentes harmonias e as intervenções de luz trazem um espetáculo bem inovador", disse ele, que tem um repertório vasto que vai desde a música barroca até obras clássicas e contemporâneas.

Karl Martin 

Autor: Natália Peloggia