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Apresentação da Orquestra Sinfônica de Campinas arrebata o público

16/03/2015

16/03/2015 - 17:35  |   fonte: www.campinas.sp.gov.br

A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas deu início à temporada de 2015 com dois grandes espetáculos. O primeiro ocorreu no sábado, dia 14 de março, no Teatro Municipal José de Castro Mendes; no domingo, dia 15, a apresentação aconteceu na Estação Cultura.

O programa, com 'Arcos Sonoros da Catedral Anton Bruckner', de Almeida Prado, e 'Sinfonia nº 2, em Dó Menor, Ressureição', de Gustav Mahler, arrebatou as plateias. Os concertos também marcam a comemoração do 85º aniversário da Orquestra.

O programa foi selecionado, ainda, para harmonizar-se com o clima dominante no período da Quaresma.

Para esses concertos, foram convidadas a soprano Flávia Fernandes e a mezzo-soprano Adriana Mastrangelo. A Orquestra teve, ainda, o acompanhamento do coral da Cultura Inglesa de São Paulo, que tem como maestro Marcos Júlio Sergl; do Coro Contemporâneo de Campinas, regido por Angelo Fernandes, e do Collegium Vocale, comandado pelo maestro Akira Kawamoto.

Como ocorreu na abertura da temporada de 2014, o maestro Victor Hugo Toro fez da primeira parte da apresentação uma homenagem ao trabalho de um grande compositor brasileiro. Desta vez, o reverenciado foi Almeida Prado, que compôs a obra apresentada pela Orquestra em homenagem ao compositor alemão Anton Bruckner.

Almeida Prado compôs a peça a pedido da própria Sinfônica de Campinas e a estreia aconteceu em 1996. Os Arcos, crescentes volumes sonoros, são um dos elementos musicais de Bruckner explorados por Almeida Prado.

Um momento de especial emoção ocorreu quando a viúva do maestro Almeida Prado, a pianista Helenice Audi, subiu ao palco para ser ovacionada pela plateia.

A peça favorita de Mahler

A emoção aumentou na segunda parte do concerto, quando os presentes foram brindados com ‘Ressureição’, peça favorita de Mahler. Fascinado pela mensagem cristã, fez uma composição, em cinco movimentos, que trata da morte e da ressureição.

O primeiro movimento refere-se à inexorável viagem pessoal de toda a humanidade por este mundo, viagem que culmina com a partida – ou morte, embora, na doutrina cristã, essa tenha sido vencida por Jesus. O segundo movimento mostra as memórias deixadas pelo ente querido, cuja lembrança pode, em frações de segundos, fazer desaparecer a dor da perda.

O terceiro movimento trata do sermão de Santo Antonio aos peixes. O quarto movimento retrata o longo caminho percorrido até a morte, até que a composição chega ao ápice no quinto movimento, que expõe o Juízo Final e a Ressureição. E foi neste momento, de extrema dinâmica, que as vozes de Flávia Fernandes, Adriana Mastrangelo e das cantoras e cantores dos corais celebraram todo o mistério da existência humana.

Antes da apresentação da Sinfônica, no hall do Teatro, a 'Euterpe Banda Musical de Campinas', regida por Alex Ado, executou marchas circenses e composições próprias. A Banda apresenta-se novamente no próximo sábado, dia 21 de março, às 10 horas, no Centro de Convivência Cultural. Já o seu concerto está agendado para o dia 19 de abril, às 17 horas, no teatro 'Maria Monteiro'.

 

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