Autores e Obras
08/04/2017
Mostra de Cinema Italiano
Neste programa, a direção artística da OSMC escolhe algumas obras que expõem parte da produção de compositores que refletem, brevemente, parte da música do cinema italiano, através de autores conhecidos e premiados internacionalmente.
NINO ROTA (Milão, 1911 – Roma, 1979)
Homenagem a Nino Rota (Arranjo: Stefano Spallotta)
Desde cedo, Nino Rota mostrou-se uma criança prodígio e mudou-se de Milão para Roma com o intuito de dar continuidade aos seus estudos musicais. Apenas com doze anos estreou seu primeiro oratório, em Milão e Paris. Suas obras não se restringem apenas ao cinema, mas também teatro, balé, ópera, orquestra e música de câmara. Seu primeiro título para cinema data de 1933. Trabalhou com diretores como Fellini, Visconti, Castellani, Coppola. No ano de 1975, recebeu o Oscar de melhor trilha sonora com O Grande Chefão: Parte II.
Nesse arranjo, escrito por Stefano Spallotta, podemos reconhecer algumas canções populares de Nino Rota: La Pappa col Pomodoro, Il Padrino, 8 e 1/2, Romeo & Juliet e Amarcord. Spallotta procurou trazer os temas mais célebres que estão presentes no imaginário coletivo quando pensamos em música italiana de cinema, o que nos trás uma relação nostálgica com uma música significativa da cultura musical daquela época.
Divertimento concertante para contrabaixo e orquestra
Inicialmente, a ideia da criação do Divertimento Concertante era de compor uma música para piano e contrabaixo, entretanto o projeto resultou em quatro movimentos para instrumento solo e orquestra. No Conservatório de Bari, na Itália, Nino Rota foi amigo do contrabaixista Franco Petracchi, também professor na mesma instituição. Petracchi contribuiu para a adequação da escrita da obra para a linguagem de seu instrumento. Conta que apenas dois dias antes da estreia recebeu o desenvolvimento do primeiro movimento, Allegro.
NICOLA PIOVANI (Roma, 1946)
Suíte “A vida é bela”
Natural de Roma, compôs não apenas para cinema como também para teatro, música de câmara e orquestra sinfônica. Entre seus trabalhos mais significantes podemos destacar a trilha sonora do filme A vida é Bela, que recebeu Oscar nessa categoria no ano de 1999. Estudou no Conservatório Giuseppe Verdi de Milão. Hoje vive na cidade de Roma, onde morou desde criança e desenvolveu seu trabalho como músico.
A Vida é Bela apresenta a luta de Guido para conquistar o amor de Dora e seu esforço para garantir a sobrevivência de sua família em um campo de concentração nazista, utilizando sua fantasia e espontaneidade para transformar os terrores da guerra em regras de um grande jogo. Além do Oscar de melhor trilha sonora, o filme levou as estatuetas de melhor filme estrangeiro e ator (Roberto Benigni).
ENNIO MORRICONE (Roma, 1928)
Suíte de obras para cinema (Arranjo: Tiago Costa)
Morricone é dos compositores mais importantes para trilhas sonoras de filmes e sua produção está entre as mais numerosas que se conhece, com mais de quatrocentos e cinquenta obras. Foi homenageado pela Academia pelo conjunto de sua obra em 2007 e recebeu a premiação como melhor trilha sonora no ano de 2016, com Os Oito Odiados.
Nesse arranjo de três movimentos, Tiago Costa incorpora trechos de Os Intocáveis, Três Homens em Conflito - O Bom, o Mau e o Feio, A Missão, Os Oito Odiados, Cinema Paradiso, A Lenda do Pianista do Mar, Malèna, entre outros.
Leonardo Augusto Cardoso de Oliveira