Sinfônica tem programa especial pelos 500 anos da Reforma Protestante
27/10/2017
fonte: www.campinas.sp.gov.br
Em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero fixou 95 teses na porta da Igreja do Castelo em Wittenberg, Alemanha, com o objetivo de fomentar um debate acerca dos valores da fé na igreja da época. Como resultado, surgia uma nova forma de celebrar a fé – o protestantismo. Para marcar os 500 anos da Reforma Protestante, a Orquestra Sinfônica de Campinas, sob a batuta de Victor Hugo Toro, interpreta o oratório "Elijah, op. 70", de F. Mendelssohn (1809-1847) com as participações do Coro da Universidade Adventista de São Paulo - Unasp (regência de Jetro Meira de Oliveira), e dos solistas Carlos Eduardo Marcos (baixo), Lidia Schäffer (mezzo soprano), Miguel Geraldi (tenor), Elaine de Morais (soprano). A obra será interpretada em português.
O programa especial terá três apresentações, com entrada gratuita: em Campinas, nos dias 27, sexta-feira, às 20h, e no dia 29, domingo, às 16h, na Igreja do Colégio Liceu Salesiano; em Engenheiro Coelho, no dia 31, terça, às 20h, na Igreja da Universidade Adventista de São Paulo.
A obra "Elijah" ou "Elias" é dividida em duas partes e composta por 43 movimentos, com solistas, coro e orquestra. A estreia aconteceu em 1846, no Festival de Música de Birmingham, na Sala de Concerto Municipal. Não foi o primeiro oratório composto por Mendelssohn – dez anos antes, o autor escreveu o Oratório de São Paulo.
O pesquisador Leonardo Augusto Cardoso de Oliveira mergulha na história para explicar o oratório: "Elias vem de encontro à idolatria pagã e teria lutado contra a prática em Israel, no reinado de Acabe e Jezabel. De acordo com o antigo testamento, no livro de Reis, a saga de Elias é contada como o profeta que, após pedir aos céus, pôde enviar fogo aos fiéis incrédulos e crentes do paganismo, simbolizado pela adoração a Baal. A representatividade de Elias é evidenciada não apenas no cristianismo, mas também no islamismo e judaísmo".
O estudioso destaca, ainda, que Mendelssohn foi de uma família judia convertida ao protestantismo. "Para que tivesse um sobrenome cristão, Bartholdy foi acrescentado ao seu nome após o batismo luterano. Seu avô foi um estudioso dos ensinamentos do Talmude, uma coletânea com os saberes tradicionais hebreus, além de ter se dedicado ao aprendizado de línguas. Chegou a ser um reconhecido filósofo semita e assim notamos que o ensino formal é valorizado em sua família."
Solistas
Carlos Eduardo Marcos (baixo) - Estudou canto lírico com Mitzi Frölich, Caio Ferraz e Benito Maresca. Um dos baixos mais ativos do Brasil, atuou nos mais importantes teatros do Brasil, interpretando os principais papéis de seu registro em óperas como Aida, Nabucco, Rigoletto, Otello, Il Guarany, Condor, Fosca, Le Nozze di Figaro, Il Barbiere di Siviglia, La Cenerentola, Lohengrin, Fidelio, Gianni Schicchi, Madama Butterfly, Tosca, entre outras. Atualmente é professor de canto lírico na Escola Municipal de Música de São Paulo.
Elaine de Morais (soprano) - É formada pelo Conservatório Dramático e Musical Orestes Sinatra e integra o Coro Lírico Municipal de São Paulo. Interpretou "Lady Billows", em Albert Herring, no Teatro São Pedro, "Amelia" em Um Ballo in Maschera, no Palácio das Artes. Foi solista no Requiem de G. Verdi, Fantasia Coral de Beethoven e na ópera Elektra. É orientada por Isabel Maresca.
Lidia Schäffer (mezzo soprano) - Iniciou seus estudos de canto com Sandra Morani, em Campinas, e formou-se em Canto na Unesp. Foi vencedora do Prêmio Carlos Gomes em 1998 e segundo lugar no 1º Concurso de Canto "Edmar Ferretti”. Estreou no Theatro Municipal de São Paulo como solista em A Flauta Mágica, em 2006. Atuou, ainda em óperas como Andrea Chenier, A Valquíria, Crepúsculo dos Deuses, Cavalleria Rusticana, Salomé, Eugene Oneguin, Elektra, Carmen, Bodas no Monastério, entre outras. Desenvolve trabalho técnico e de repertório com a professora Isabel Maresca e com o pianista Rafael Andrade.
Miguel Geraldi (tenor) - Iniciou seus estudos com Gledys Pierri e se aperfeiçoou com Neyde Thomas. Já integrou os grupos Armonico Tributo, Coro Bach e Camerata Antiqua de Curitiba. Foi vencedor de vários concursos como “V Concurso Carlos Gomes”, “II Concurso Aldo Baldin” e do “III Concurso Internacional de canto Bidu Sayão”. Atuou junto a importantes orquestras como Sinfônica do Estado de São Paulo, Sinfônica Municipal de São Paulo, Sinfônica do Paraná, Sinfônica de Chieti (Itália), Experimental de Repertório e Filarmônica de Bogotá. Protagonizou as óperas L’Elisir D´Amore, La Bohème, Turandot, Rigoletto, La Traviata, Cecilia, Loreley, Carmina Burana, entre outras.
Jetro Meira de Oliveira (regente) - É doutor em regência e literatura pela University of Illinois (2002), professor, pesquisador e maestro no UNASP, onde dirige os corais da Licenciatura em Música e Officina Vocalis, além da Orquestra Sinfônica Unasp. É membro das distintas sociedades acadêmicas Pi Kappa Lambda (música) e Phi Kappa Phi (estudos interdisciplinares). Em 2016, lançou o livro O Coral Completo.
O Coral da Licenciatura em Música da Unasp é composto por todos os alunos da licenciatura em música do Unasp, servindo como a matéria de canto coral. O grupo tem executado repertório variado, mas especialmente obras do repertório coral-sinfônico. Em 2013, fez a estreia mundial do oratório A Revelação Através do Santuário, do premiado compositor americano James Lee III.
Serviço
Orquestra Sinfônica de Campinas
Programa especial "500 anos da Reforma Protestante".
Regência: Victor Hugo Toro.
Participação do Coro da Universidade Adventirsta de São Paulo - Unasp (regência de Jetro Meira de Oliveira).
Solistas: Carlos Eduardo Marcos (baixo), Lidia Schäffer (mezzo soprano), Miguel Geraldi (tenor), Elaine de Morais (soprano).
Onde:
27/10 (sexta), 20h; 29/10, 16h - Igreja do Colégio Liceu Salesiano (Rua Baronesa Geraldo de Resende, 330. Guanabara. Campinas).
31/10 (terça), 20h - Igreja da Universidade Adventista de São Paulo - Unasp. (Lagoa Bonita II. Engenheiro Coelho).
Entrada gratuita.
OSMC - Paço Municipal
