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20.09.2006

 

Regente – Karl Martin
 
Natural de Zurique, Suíça, estudou música no Conservatório de Música de Genebra, onde ganhou o primeiro Prêmio de Virtuosidade para Flauta, e em Paris além da Escola Superior de Música de Viena, com Hans Swarowsky do qual foi assistente. Fez sua estréia na Itália, dirigindo a orquestra da RAI, e no Teatro La Fenice, de Veneza, onde inaugurou a temporada lírica com a opera Barba-Azul de Camilo Togni. Participou de todas as edições do Festival Internacional de Música Contemporânea da RAI, em Nápoles. Regeu a Orquestra da Academia Santa Cecília, em Roma, no Teatro alla Scala e em muitos outros teatros italianos. É regularmente convidado para reger na Suíça as orquestras da Basiléia, Lugano, Berna e Zurique. No Japão, fez sua estréia regendo a Nona Sinfonia, de Beethoven, com a Orquestra Filarmônica de Tóquio, assim como O Messias, de Handel. Foi convidado para dirigir a turnê da prestigiosa Orquestra Sinfônica NHK, de Tóquio, voltando regularmente para reger as melhores orquestras japonesas.

De 1980 a 1997, foi regente titular e diretor musical do Teatro Massimo de Palermo, onde, além do repertorio operístico e sinfônico, se afirmou nas apresentações de algumas obras-mestras pouco apresentadas, como Antigone de Szymanovsky, Jonny SpieltAuf de Krenek Oct Traumgarge de Zernlinsky (Prêmio Abbiati para ano de 1995). Durante a temporada de 1996, iniciou uma colaboração com a Orquestra Sinfônica Estatal de Buenos Aires. No centenário de Gaetano Donizetti, em 1997, regeu na Sagra Umbra di Perugia a nova edição critica da Messa di Gloria no sommo bergarnasco. Ministrou um curso de formação orquestral na Universidade de Showa, em Tóquio, onde gravou O Messias de Handel. Gravou para os selos Ermitage, Quadrivium e Bongiovanni. Gravou a integral dos concertos para piano de Liszt, com o solista Jeffrey Swann, para o selo Agora. Ainda para o selo Agora, recentemente gravou Oratório Son Francesco de Hartmann. Em 2004, o maestro Karl Martin estreou a ópera Carmen, no Festival de Ópera do Theatro da Paz, onde obteve excelentes críticas em jornais de destaque nacional.

 

 
Fernando Morais


Natural de Santos (SP), Fernando Morais iniciou seus estudos musicais com o maestro Roberto Farias. Participou de vários festivais, cursos de férias e master-classes com renomados professores. Integrou a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (1988-1992), sob regência do maestro Eleazar de Carvalho. Em 1992, ganhou bolsa da Vitae para os Estados Unidos, onde permaneceu por dois anos e estudou com David Jolley (trompa) e Bert Lucarelli (música de câmara na Hartt School).

Fernando Morais é bacharel em música – habilitação em trompa –, pela Faculdade Mozarteum, de São Paulo, e licenciado pelo UniCEUB de Brasília. Atualmente, desenvolve trabalho de música de câmara com o Opus Art Trio (clarineta, trompa e piano). O grupo venceu o II Concurso Internacional de Música de Câmara de Buenos Aires (1997) e participou da World Association of Symphonic Bands and Ensembles (Wasbe), realizado em Schladming, na Áustria, em 1997).

Em 2000, transferiu-se para Brasília, exercendo as funções de trompista da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro e professor da Escola de Música de Brasília. No mesmo ano, formou os grupos Brasília Ensemble (quinteto de sopros) e Metal & Cia (quinteto de metais). Também naquel ano começou a compor para grupos de câmara.
Em abril de 2003, Fernando Morais recebeu o 2º lugar no Concurso de Composição Instrumental, instituído pelo Sesc/Brasília, e, em novembro, o 1.º lugar no I Concurso Nacional de Composição Cláudio Santoro, realizado pela Universidade de Brasília.

 

 

Achile-Claude Debussy

 

Achile-Claude Debussy nasceu a 22 de agosto de 1862 em Saint-Germain-en-Laye, localidade próxima à Paris. Com a falência dos negócios de seu pai, a família mudou-se para a capital e foi residir no bairro boêmio de Montmartre.
Aos nove anos de idade, residindo com seus padrinhos em Cannes, iniciou seus estudos musicais com o professor Cerutti, eminente pianista italiano, que não notou nenhum talento especial no menino. De volta à Paris, passou a ter aulas de piano com Madame Mauté de Fleurville, mulher de forte personalidade, aluna de Chopin e sogra do poeta Paul Verlaine. Ela despertou em Debussy um forte sentimento de independência e liberdade artística, prevendo seu futuro promissor como músico.

Madame Mauté de Fleurville conseguiu dos pais de Debussy a permissão para que ele iniciasse a carreira de músico profissional. Aos onze anos de idade, ingressou no Conservatório de Paris, sendo aluno de Ernest Giraud e de Albert Lavignac. Este tornou-se seu grande amigo, iniciando-o nas partituras wagnerianas. A personalidade inquieta e questionadora do jovem músico logo foi notada por alguns professores do Conservatório, como Marmontel, que não gostava de ver seus métodos criticados, e Émile Durand, professor de harmonia que jamais lhe concedeu menção honrosa nos exames finais. Para Debussy, os cansativos exercícios de arpejos e solfejos eram muito repetitivos, preferindo decifrar partituras, compor e improvisar.
Aos dezessete anos foi convidado a fazer parte, como pianista, do trio musical mantido pela mecenas russa Nadejda von Meck. O trio excursionou pelas principais cidades européias. Em Viena, Debussy ouviu pela primeira vez Tristão e Isolda, de Wagner. Nos cabarés russos, entrou em contato com a música exótica dos ciganos. Após a excursão, retornou às aulas no Conservatório; nesse período, compõs suas primeiras peças: Noite de Estrelas, Flor dos Trigos e Belo Entardecer. Ao tomar conhecimento do Prêmio de Roma, que concedia ao vencedor uma bolsa para estudar na Academia Francesa, Debussy dedicou-se com afinco aos estudos de composição, pois ganhar esse prêmio poderia lhe possibilitar um melhor status como músico e ser reconhecido em seu país. Debussy venceu o concurso em 1884, aos 22 anos, com a música O Filho Pródigo.

Na Vila Médici, freqüentou a alta sociedade italiana e desfrutou da vasta biblioteca da Academia, onde estudou partituras de Bach e Wagner e leu Sheakespeare, Baudelaire e Verlaine. No entanto, o academicismo da Vila Médici incomodou-o a tal ponto que retornou a seu país em 1887. Em Paris, a música de Wagner dominava o meio musical, deixando Debussy cada vez mais assombrado com a força das óperas Parsifal e Tannhäuser. A influência wagneriana é marcante na cantata La demoiselle élue (1888), em Musique javanese à Paris (1889) e em Cinq poèmes de Baudelaire (1889).

No final do século XIX, a sociedade parisiense fervilhava de novidades: a pintura impressionista de Manet, Van Gogh e Renoir; a poesia inovadora de Baudelaire, Verlaine e Rimbaud; os romances sociais de Honoré de Balzac e Victor Hugo. As artes se renovavam para inaugurar um novo século. Foi nesse contexto que nasceu a obra de Debussy. Criando sua própria linguagem e buscando inspiração nos poetas e pintores, sua música possui as cores e luzes do impressionismo, descrevendo o mundo em harmonias inovadoras para a época.
Sua obra Pelléas et Mélisande, utilizando o recurso narrativo e a declamação simples, trouxe para a ópera a associação entre descrição, música e impressão visual. Em sua obra pianística, Debussy resgatou o rococó. Seu último volume, Études (1915), possui variantes de estilo e textura baseados nos exercícios para o instrumento, com nítida influência do jovem Stravinsky.

 

 
Franz Schubert

 

Franz Peter Schubert (Himmelpfortgrund, perto de Viena, 31 de Janeiro de 1797 - Viena, 19 de Novembro de 1828), foi um compositor austríaco da Era clássica. Escreveu cerca de seiscentas canções (o "lied" alemão), bem como óperas, sinfonias, sonatas entre outros trabalhos. Não houve grande reconhecimento público da sua obra enquanto foi vivo; teve sempre dificuldade em assegurar um emprego permanente, vivendo muitas vezes à custa de amigos e do trabalho que o pai lhe dava. Morreu sem quaisquer recursos financeiros com a idade de 31 anos. Hoje, o seu estilo considerado por muitos como imaginativo, lírico e melódico, fá-lo ser considerado um dos maiores compositores do século XIX, marcando a passagem do estilo clássico para o romântico. Podemos defini-lo como "mais um artista incompreendido pelos seus contemporâneos".
 
Primeiros anos de vida e educação
Schubert nasceu em Himmelpfortgrund, um pequeno subúrbio de Viena. O seu pai, Franz Theodor Florian Schubert, filho de um camponês da Morávia, era um mestre-escola da paróquia. A sua mãe, Elizabeth Fitz (ou Vietz), tinha sido, possivelmente antes do casamento, a cozinheira de uma família Vienense. Dos seus quatorze filhos, nove morreram durante a infância; os outros eram Ignaz (nascido em 1784), Ferdinand (nascido em 1794), Karl (nascido em 1796), Franz e a filha, Theresia (nascida em 1801). O pai, homem de reconhecida integridade moral, tinha alguma reputação como professor, e a sua escola, em Lichtenthal, era bem frequentada. Era também um músico amador razoável. Os seus filhos mais velhos, Ignaz e Ferdinand, comparavam-se ao pai na sua habilidade musical.

Aos cinco anos de idade, Schubert começou a sua instrução regular, com o pai. Aos seis anos, entrou na escola de Lichtenthal, onde passou alguns dos melhores anos da sua vida. A sua educação musical começou também por esta altura. O seu pai transmitiu-lhe alguns conhecimentos rudimentares sobre violino e o seu irmão, Ignaz, iniciou-o no pianoforte. Aos sete anos, como já tinha ultrapassado largamente a perícia dos seus mestres iniciais, foi entregue à guarda de Michael Holzer, o Kapellmeister - mestre de capela - da igreja de Lichtenthal. As lições de Holzer consistiam mais em manifestações de espanto por parte do mestre. O jovem Schubert lucrou mais com a ajuda de um seu colega que o levava até um armazém de pianofortes, onde este tinha oportunidade de practicar em instrumentos mais sofisticados que aquele que a sua família lhe podia proporcionar. O facto de os seus primeiros anos de aprendizagem serem algo insatisfatórios era tanto mais sério que, naquela época, um compositor só teria alguma hipótese de sucesso se fosse reconhecido pelo público como um intérprete de excepção. A educação musical que tinha era, no entanto, insuficiente.
A 30 de Setembro de 1808, o seu pai leva-o a participar no concurso para coristas da Capela Imperial, onde António Salieri, compositor oficial da corte, selecionaria os novos cantores. Possuidor de uma apreciada voz de soprano, obteve um lugar no coro, ganhando também uma bolsa de estudos em Stadtkonvikt, um dos melhores colégios de Viena (correspondendo ao Conservatório).

Manteve-se aí até ter quase dezassete anos. A sua instrução não foi, no entanto, das melhores - um pouco, aliás, como aconteceu a Haydn em St. Stephen. A sua formação deveu mais à prática que recebeu através da orquestra da escola e pelo companheirismo de alguns dos seus colegas. Muitos dos seus mais devotados amigos, ao longo da sua vida, encontram-se já entre os seus colegas: Spaun, Stadler, Holzapfel, entre outros que o ajudavam monetariamente, comprando-lhe papel de música (que não conseguia comprar com o dinheiro que tinha), além de lhe darem apoio moral, encorajando-o, reconhecendo nele as suas qualidades. Foi também no Stadtkonvikt que teve o seu primeiro contacto com as sinfonias e aberturas de Mozart. Foi conhecendo alguma produção musical além desta, como pequenas peças musicais mais ligeiras e visitando ocasionalmente a ópera, que Schubert foi desenvolvendo o seu conhecimento pessoal da música da época.

Entretanto, ia já demonstrando as suas capacidades como compositor. Uma Fantasia para dueto de piano (D.1, usando o número de catálogo proposto por Otto Erich Deutsch - por isso se deve ler "Deutsch 1"), em trinta e duas páginas de música densamente escrita, é datada de 8 de Abril a 1 de Maio de 1810; seguiram-se-se, em 1811, três longas peças vocais (D.5 - D.7), escritas segundo um conceito popularizado por Zumsteeg, juntamente com uma "abertura-quinteto" (D.8), um quarteto de cordas (D.2); uma segunda Fantasia para pianoforte e alguns Lieder (canções).

É importante referir o seu interesse pela música de câmara já que se sabe que, em sua casa, na altura, se tinha formado um quarteto que tocava "aos domingos e feriados": com os seus irmãos a tocar violino, o seu pai a tocar violoncelo e Schubert a tocar viola.
Durante os restantes anos que passou no Stadtkonvikt, escreveu ainda um número apreciável de peças de música de câmara, vários Lieder, algumas peças variadas para pianoforte e, entre os seus projectos mais ambiciosos, um Kyrie (D.31) e um Salve Regina (D.27), um octeto para instrumentos de sopro (D.72/72a) - diz-se que em honra da sua mãe, que morreu em 1812 - uma cantata (D.110), incluindo a letra e a música, para a comemoração do dia do nome do seu pai, em 1813; e, no final dos seus anos de conservatório, a sua primeira sinfonia (D.82).
Professor na escola do pai

No final de 1813 deixou o conservatório e, para evitar o serviço militar, começou a lecionar na escola de seu pai, como professor primário. O seu pai tinha casado, entretanto, com Anna Kleyenboeck, a filha de um comerciante de seda do subúrbio de Gumpendorf. Durante dois anos, Schubert suportou este trabalho sem grande motivação. Compensava-o, no entanto, o prosseguimento da sua prática de composição, tendo aulas particulares com Salieri, que o aborrecia, acusando-o de plagiar Haydn e Mozart, apesar de ser certo que foi, dos seus professores de música, o mais competente.
Travou, entretanto, amizade com a família Grob, onde uma das filhas do casal, Teresa, demonstrava alguns dotes como cantora; começou a fazer-lhe a corte em 1814. A relação terminou, no entanto, em 1816, já que Schubert não conseguia ter emprego permanente.
A sua primeira ópera completa - Des Teufels Lustschloss (D.84) - e a sua primeira missa - em Fá maior (D.105) - foram ambas escritas em 1814. Do mesmo ano datam três quartetos de cordas, muitas peças instrumentais curtas, o primeiro andamento da sinfonia número 2 em Si menor (D.125) e dezassete Lieder, incluindo algumas obras-primas como Der Taucher (a primeira versão, D.77, reescrita posteriormente, com o número de catálogo D.111) e o chamado "Lamento de Margarida" - da obra de Goethe, "Fausto" - ou seja, Gretchen am Spinnrade ("Margarida na roca") (D.118, publicado como Op.2). Mas mesmo esta actividade musical foi largamente ultrapassada pela produzida em 1815. Neste ano, apesar do seu trabalho na escola, das aulas com Salieri e das muitas distracções proporcionadas em Viena, produziu um acervo de obras quase inacreditável pela quantidade. A Segunda sinfonia em Si bemol (D.125) foi terminada, e uma terceira, em Dó maior (D.200), foi composta quase de seguida. Completou igualmente duas missas, em Sol (D.167) e Si bemol (D.324) - a primeira foi escrita em seis dias - além de um novo "Dona Nobis" para a missa em Fá, um Stabat Mater e um Salve Regina (D.223).

Escreveu, entretanto, cinco óperas, das quais apenas três ficaram completas - Der vierjährige Posten (D.190), Fernando (D.220) e Claudine von Villabella (D.239) - e duas, Adrast (D.137) e Die Freunde von Salamanka (D.326), ficaram, aparentemente, incompletas. A lista de obras inclui ainda um quarteto de cordas em Sol menor, quatro sonatas e muitas peças de menor dimensão para piano. Os seus Lieder continuam, no entanto, a constituir a maior parte, e com maior sucesso, do compositor: 146 canções, algumas de tamanho considerável, das quais oito estão datadas de 8 de Outubro e sete de 19 de Outubro.

 

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