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Fernando Hashimoto - percussionista

29/06/2008

Seria necessário um informativo inteiro para discorrer sobre a experiência
que Fernando Hashimoto acumulou como músico.

O percussionista da Sinfônica de Campinas acumula prêmios e reconhecimento internacional. Viaja mensalmente ao exterior para tocar em concertos tradicionais. Já se apresentou em diversos estados norte-americanos; na América do Sul, em seis países; “Na Europa, então, já toquei em quase todos os lugares”, conta, orgulhoso.

Nascido em 1972, o carioca foi iniciado musicalmente aos nove anos, através das aulas do maestro Joarez Mingonti. Ao lado dos dois irmãos, foi matriculado pelo pai para aprender teoria musical no modelo europeu. Fernando lembra que “Noções de melodia eram transmitidas através de instrumentos de corda. Os ritmos, pela percussão”.

Com 12 anos decidiu seguir na percussão. Aos 15 já era baterista profissional. “Tocava em bandas de baile para levantar dinheiro”, justifica. A primeira conquista profissional de “peso”, porém, aconteceu aos 17 anos, quando Fernando foi contratado como músico de estúdio da Polygram, popular gravadora de LP’s extinta com a chegada da tecnologia do CD. “Na época, trabalhei com vários artistas famosos. Gravei jingles de final de ano para a Rede Globo e para a Tigre”, ressalta. “Foi quando comecei a ganhar dinheiro de verdade”.

Em 1990, então com 18 anos, mudou-se do Rio de Janeiro para cursar Música na Unicamp. Foi quando decidiu deixar de lado a carreira popular, dedicando-se exclusivamente à música erudita. Hashimoto explica “Sempre gostei mais, o nível de qualidade e refinamento é totalmente diferente”. O músico nunca deixou a universidade. Em 1998, dois anos depois de formado, ingressou no Instituto de Artes da instituição como professor. “Resolvi ficar em Campinas. Na época, o cenário da música erudita carioca estava muito ruim”, recorda. Foi a partir dessa decisão de ficar, que o mundo começou a ouvir falar de Fernando Hashimoto. “Depois deste ano, comecei uma carreira internacional muito ascendente”.

Foi também neste período que Hashimoto fundou o Grupu (Grupo de Percussão da Unicamp), um dos mais reconhecidos do gênero no Brasil. “É o único grupo universitário brasileiro de percussão que fez excursão tanto na Europa quanto nos Estados Unidos”, afirma, lembrando da maior conquista da sua criação: “há dois anos, ganhamos o Prêmio Petrobrás Cultural”. Para comemorar o décimo aniversário, o Grupu fará, a partir de dezembro, turnê por sete países da Europa. No repertório, só peças novas, e de compositores brasileiros. “São obras comissionadas, estreadas na turnê”, destaca.  

A carreira do percussionista é hoje dividida em três vertentes: professor, músico da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas e solista. Esta última, segundo ele, a que dá mais “repercussão”. Foi assim que Fernando conquistou quase todos os prêmios que possui. São quatro nacionais e sete internacionais. Os mais recentes, de 2007, todos ganhos nos EUA, são: Reconhecimento da Sociedade Mundial de Percussão; PAS Oustanding Service Award e Melhor Dissertação do Ano – Barry Brook Award -, pela tese de doutorado elaborada sob a orientação do “legendário” timpanista Morris Lang, na City University of New York.

Com tal reconhecimento e espaço para atuar no exterior, Fernando Hashimoto não pensa em abandonar o país natal. Pelo contrário, é um grande incentivador da música nacional. “Apesar de ter grandes oportunidades em outros países, não vou deixar o Brasil. Acho importante ficar aqui e incentivar os músicos brasileiros”.  

 

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